Almada Negreiros, cinema e iconografia musical: os casos de Madrid e Lisboa

Manuel Mendes Madeira

Resumen


Depois de uma fase em que assume os ideais do Movimento Futurista, Almada Negreiros toma contacto com Diaghilev que, juntamente com os seus Ballets Russes, visitava Lisboa. A partir de então, apaixona-se pela arte do bailado. Em sua estadia em Madrid de 1927 a 1932, mergulha profundamente no mundo do cinema, colaborando na decoração de salas de exibição, em argumentos e, posteriormente, em Lisboa, no lançamento do primeiro filmes sonoro português. Sendo uma personalidade de muitas valências artísticas: pintor, vitralista, escritor, poeta, actor, desenhador, bailarino, cenógrafo, ensaísta, desenhador de mosaicos, etc., Almada tem uma obra prolífica, em que os elementos de iconografia artística e musical são parte integrante e constante. Este artigo, contextualizando obras, das fases da vida do artista em Madrid e em Lisboa nos anos 30, tem como objectivo analisar a iconografia musical associada ao cinema. Esta raramente tem um papel meramente decorativo, assumindo, pelo contrário, lugar marcante na mensagem que o artista quer transmitir. Pretende-se averiguar como ambientes culturais geograficamente distintos (Madrid-Lisboa) ditaram estéticas visuais e musicais tão diferenciadas. Será dado um relevo especial ao papel que, em determinada fase da vida, Almada teve perante o Estado Novo.


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